quarto do dylan

-Obrigado eu. - conduzi-a pelos vários corredores até à porta que dava para o meu quarto. Abri-a e dei-lhe espaço para ela passar primeiro. Entrei também fechando a porta atrás de mim apesar de não estar ninguém. Senti-me ser puxado por ela e deixei-me ir agarrando-a na cintura - Hoje podíamos ver um filme. - encolhi os ombros. Não era muito do tipo de rapaz que ficava em casa a ver filmes mas havia uma primeira vez para tudo.

Fiz-lhe uma careta. - Não sabia que depois de me teres atirado para um lago todo badalhoco havia alguma cavalheirismo aí incutido. - murmurei sorrindo e passando á sua frente. Olhei-o nos olhos. - Aham.Onde e quando? - esbocei um pequeno sorriso para ele. - Vá agora vai-te vestir. - murmurei dando-lhe uma palmada no cu sem força claro. Encostei-me à sua porta após me largar dele e fiquei a fitá-lo como muito gostava eu de fazer.

-Há muita coisa sobre mim que tu não sabes. - dei-lhe um olhar sedutor - Hoje à noite depois do jantar, eu posso arranjar maneira de entrar na tua casa sem ninguém ver ou se quiseres podemos ficar aqui na minha. - larguei-a e fui ao armário começando a procurar por roupas. Tirei a minha t-shirt favorita juntamente com uns calções de ganga e troquei de roupa.

-Pois parece que sim.-murmurei acabando por sorrir para ele. -É como tu quiseres, desde que não tenha de aturar muito os meus pais e as suas tretas. - encolhi os ombros e olhei em volta do seu quarto.- Nem imagino a quantidade de gajas que a tua cama já conheceu. - murmurei rindo-me.

-Se eles te chateiam é melhor ser na tua casa. - despi a t-shirt do primo dela que substituí pela minha - Eles nem vão saber que eu lá estive. - pisquei-lhe o olho - Mas para isso vais ter que colaborar. - expliquei despindo os calções. Vesti os meus e sentei-me na cama olhando-a - Olha que estás enganada, nunca nenhuma rapariga teve a honra de se deitar comigo nesta cama.

-Eu colaboro naquilo que quiseres. - murmurei acabando por suspirar. - Então a cama deve ser nova.- gozei com ele começando-me a rir aproximei-me mais dele. - Mas diz lá, é que o meu quarto não é propriamente no primeiro andar. - soltei uma gargalhada e sentei-me no seu colo.

-Não, já a tenho há um ano ou mais. - encolhi os ombros e olhei-a - Então eu posso trepar a uma árvore e de lá alcançar o telhado e pular até à tua varanda ou ainda entrar pela porta da garagem como uma pessoa normal e conseguir que ninguém me veja. - sorri triunfante e rodeei a sua cintura.

-Poupas muito a tua cama então. - brinquei com ele dando-lhe um beijo na bochecha. - Eu abro-te a porta da garagem. - afirmei soltando uma gargalhada. - Mas entravas lá de uma forma triunfal pelo telhado. - gozei novamente e olhei-o nos olhos. - E que filme é que vamos ver? - perguntei.

-É, está guardada à espera da rapariga digna. - sorri-lhe e fiz uma careta parva - Gosto muito mais da ideia de entrar pela garagem como uma pessoa normal. - ri-me - Apesar de ser muito bom a trepar às árvores. - ri-me mais uma vez e olhei a minha estante de DVD's - Eu vejo qualquer coisa menos aqueles filmes lamechas. - avisei.

Sorri para ele colocando a minha cabeça no seu ombro. -Sim claro o menino é ótimo a fazer tudo. - gozei acabando por me rir. - És muito macho para ver isso é? - perguntei soltar uma gargalhada e olhei-o nos olhos,estava muito próxima para não beijar e muito distante para o querer fazer com alguma intenção. Desviei o meu olhar do dele e fitei a parede atrás dele ficando em silêncio por uns belos minutos.

-Não duvides das minhas capacidades. - respondi indignado - Não, só não me apetece passar o resto da noite contigo a chorares no meu ombro e a dizeres o quão o amor deles era lindo. - notei que ela tinha desviado o seu olhar dos meus e que fazia tudo para que os dois não se voltassem a encontrar - Olha para mim. - pedi.

Comecei-me a rir. - Não estou a duvidar mal de mim se o fizesse -Sorri para ele.- Eu não ia passar o resto da noite contigo a chorar no teu ombro nem a dizer que o amor deles era bonito. -resmunguei .''Olha para mim''-pediu-me, suspirei e olhei para ele nos olhos. - Sim?-perguntei sem saber porque raio tinha pedido aquilo só estava a tentar que as coisas não ficassem estranhas.

-Ias, admite. E ias... - calei-me quando ela fez o que eu pedi e o seu olhar embateu no meu. Engoli em seco completamente atrapalhado e sem saber o que fazer. Aproximei-me dela, ainda mais do que já estava, e beijei-a levando a mão aos seus cabelos.

Retribui o beijo e afastei-me lentamente dele. - E ia o quê? - murmurei suspirando e fitando outra coisa sem ser os seus olhos. Coloquei a minha cabeça no seu ombro e tirei os cabelos que tinha na frente, a minha respiração embatia no seu pescoço , procurei a sua mão e apertei-a. - Estou-me pouco a marimbar se é meloso.. - murmurei.

-Isso não interessa agora. - sorri contra os seus lábios e voltei a uni-los aos meus. Inverti as posições, deitei-a com cuidado na cama não porque queria fazer sexo com ela mas sim porque queria estar mais perto dela e senti-la junto a mim. Procurei a mão dela que tinha largado ao inverter as posições e apertei-a tal como ela me tinha feito há pouco.

Beijei-o mais uma vez antes de o meu tronco cair no seu colchão, coloquei-o ao meu lado e fiquei a olhar para ele. Apertei mais as nossas mãos e escondi a minha cabeça no seu peito, passei a minha mão pelo seu braço e depois acariciei-lhe a sua face. Tirei automaticamente a mão da sua cara quando tomei consciência do estava a fazer e escondi mais a minha cara no seu peito.

Ri-me baixinho e beijei-lhe os cabelos tocando-lhe depois na face para que ela olhasse para mim. Quando o seu olhar se prendeu no meu entrei numa espécie de transe que me atacava sempre que acontecia e beijei-lhe a testa. Desci pelo seu nariz, bochechas e parei nos lábios beijando-a de forma intensa, mas carinhosa.

Estremeci novamente e retribui o seu beijo puxando o seu corpo mais para mim, entrelacei as nossas pernas e suspirei. Estava-me a sentir estranha, levantei o meu tronco e fitei o chão sem lhe dizer nada.Batuquei com o meu dedo na cama como um tique nervoso e suspirei levantando-me da sua cama. - Quando estiveres a chegar a minha casa manda mensagem - murmurei e deixei um papel com o meu numero, virei as costas para me ir embora.

Estávamos a beijar-nos e estava tudo a correr tão bem quando de repente ela se levanta e diz que se vai embora. Levantei-me atrás dela e impedi-a de sair do quarto agarrando-a pelo braço - Porque vais? - perguntei confuso. Será que tinha feito alguma coisa que a tivesse magoado.

Olhei para o chão e encarei-o.- Estás me a deixar maluca e estranha, tenho de apanhar ar. - confessei e suspirei olhando-o nos olhos. Agarrei no seu braço e tentei que ele parasse de me agarrar de forma a tentar sair do quarto, desviei o meu olhar do dele.

Toquei-lhe ao de leve na cara e fiz um ar preocupado - Está bem, eu vou ter contigo mais logo. - dei-lhe um beijo na testa e larguei-a para que pudesse ir.

Suspirei mais uma vez e senti o tal choque a percorrer-me freneticamente novamente. Olhei-o uma ultima vez e virei costas atravessando o corredor com calma, ainda por momentos pensei ficar com ele mas... não, estava com a cabeça quente e ainda confundia as coisas.

Fiquei a vê-la desaparecer no corredor e quando deixei de a ver sentei-me na cama. Levei as mãos ao cabelo confuso com tudo aquilo que estava a acontecer entre mim e Mads. As coisas estavam a começar a ficar estranhas e eu não sabia o que fazer. Quando dei por mim já era noite, peguei no telemóvel e mandei uma mensagem a Mads a avisar que iria sair de casa agora. Passei pela cozinha onde comi rapidamente uma mação. Fui para a garagem e sentei-me ao volante do meu ferrari que conduzi até casa dela.

Rapidamente chegamos à sua casa, entramos pela garagem e subimos para o seu quarto. Confesso que durante a viagem de carro fitava-o pelo vidro do carro fingindo estar a ver a paisagem.Sentei-me na sua cama e cruzei as pernas.- Vives sozinho?-perguntei olhando-o nos olhos enquanto largava um pequeno sorriso.