Bar

Aceitei o dinheiro.
- Ok como queiras. - revirei os olhos e larguei-a para lhe mostrar que afinal não se aguentava em pé. Coloquei o dinheiro no balcão e fiquei lá.

Revirei os olhos.
Comecei a andar, acabando por parar quase à porta com a mão na cabeça de ver tudo à roda.
Oh, vá lá, Melissa.

Tão previsivel.
Fui ao seu encontro e agarrei-a de novo com o braço. Acenei com a cabeça ao outro empregado como que lhe pedisse para tomar conta do bar. - Vá vamos lá teimosa - revirei os olhos e peguei nela ao colo.

Bati-lhe levemente no peito, sendo apanhada de surpresa.
- Tu é que és teimoso. - resmunguei.
Assim que saímos do bar senti a brisa fresca da noite.
- Não tens que ir trabalhar, senhor teimosia?

- Sim sim eu teimoso? - arqueei as sobrancelhas. -Teimosa és tu sua...teimosa - disse o que me veio à cabeça e saí do bar até à rua. - Não por acaso não tenho, porque estou aqui à espera que me digas onde é a tua casa para eu te levar lá - revirei os olhos.

Suspirei dramaticamente.
- Melissa. - disse.
Mordi o lábio e apontei uma rua.

[podes responder na entrada]

Após ter feito umas horinhas, peguei na minha mala e apontei ao outro rapaz que lá trabalhava para vir para o balcão. Vesti o casaco e preparei-me para sair. Fui até há porta mas parei com o susto do barulho de uma garafa de cerveja a cair no chão. Direcionei o meu olhar para quem a atirou e dei de caras com os rapazes a lutar, corri rapidamente até eles e meti-me no meio colocando a minha mão no peito de cada um deles, impedindo-os de avançar.
- HEY! - Gritei. - Aqui não há lutas, entendido? - Perguntei, retoricamente, num tom alto.
Ambos se afastaram e acenei ao dono do bar, saindo do mesmo.

Entrei no mesmo e dirigi-me rapidamente para o balcão, pedindo para falar com o gerente do bar. Ele apareceu alguns minutos depois e pediu que eu entrasse para o seu gabinete para acertarmos os pormenores e assim foi durante uma hora. Ele disse que eu poderia começar a trabalhar naquele instante. Eu assenti e tratei de pôr um pano ao ombro depois de sair do seu gabinete e comecei a atender os clientes.

Entrei no bar e dirigi-me ao balcão, vi um rapaz novo a atender algumas pessoas.
- És novo cá? - Perguntei, e sorri, atendendo também uma rapariga.

- Sim, olá, sou o Iwan...
Cumprimentei a rapariga que acabara de chegar e que calculei que trabalhasse ali, visto que passara para trás do balcão e começou a ajudar-me enquanto eu fazia uma bebida.

Ri-me, ele parecia-me, sei lá, tenso.
- Sou a Aria. - Sorri. - E também começei a trabalhar à pouco tempo. - Informei-o. - Mas já me habituei.

- Pois, isto tem grande ritmo...
Disse atrapalhado e servi a bebida, recebendo o dinheiro por ela.

Assenti, abanando a cabeça e sorri-lhe amavelmente, e continuei a servir os clientes.
- Então, Iwan, que idade tens? - Perguntei, tentando puxar assunto.

- 19 e tu?
Olhei-a quando o movimento pareceu acalmar.

Sorri-lhe.
- 18. - Mexi no cabelo. - Não querendo ser abusada, o que te fez vir trabalhar para o bar? - Perguntei, mordendo o lábio levemente.

- Preciso do dinheiro e tu?
Olhei-a vendo o seu estado inquieto.

Entrei no bar com um sorriso que logo desmoreceu ao vê-lo extremamente proximo de outra rapariga. Coloquei a minha expressão de mau humor de novo e dirigi-me ao balcão.
- Olá. - clareei a garganta. - Está aqui o casaco. - sorri cinicamente e pousei-o na cadeira mais proxima.

- Beth!
Exclamei com um sorriso e vi-a pousar o meu casaco com cara de poucos amigos.
- Obrigado pelo casaco...

- Também eu. - Sorri.
Vi outra rapariga chegar e quando me viu ficou um pouco mal-humorada. Encolhi os ombros e voltei a servir clientes.

- De nada Iwan. - disse secamente - Bem, acho que vou andando, já fiz o que tinha de fazer. - sorri de novo cinicamente e peguei nas minhas coisas que outrora tinha pousado no balcão para depois me dirigir á saída.

- Beth!
Chamei, correndo de trás do balcão atrás dela e agarrei-lhe no braço.
- Fica um pouco... - pedi.

Quando Iwan me chamou virei-me automaticamente para ele murmurando um ''mas'' mudo.
- Mas se tens companhia, para que queres que fique? - perguntei olhando-o nos olhos.

- Qual companhia? Eu estou a trabalhar...
Perguntei confuso.

- Hum.. Parece que não é um trabalho totalmente sem companhia... - revirei os olhos e direcionei estes até à empregada de balcão que continuava a atender os clientes.

Olhei Aria e finalmente percebi a sua atitude, rindo-me levemente.
- Isso são tudo ciúmes?