Bar

- Vamos - sorri e levantei-me pegando na minha mala.
- Onde quiseres.. - disse já fora do bar ainda de mãos dadas com Iwan.

Continuei a atender os clientes num ritmo que parecia interminável, depois de umas belas horas de serviço, arrumei as coisas para sair do turno. Vi que o rapaz que tinha acabado de conhecer, Iwan, já tinha saído. Encolhi os ombros e peguei nas minhas coisas, saíndo do bar.

- Isso eu sei! - fiz uma careta. - Eu sou gorda, tens de mudar o verbo - torci a boca contrariada. Chegámos ao bar rapidamente.

Fiz uma careta, juntando as sobrancelhas e abrindo ligeiramente a boca.
-Não digas disparates, que eu nem vou comentar isso. - ri-me e chegámos ao bar. Coloquei-lhe as mãos por cima dos ombros guiando-a porque aquilo estava um caos e guiei-a até ao balcão.

- Não comentes, então - deitei a lingua de fora. Sentámo-nos nos bancos virados para o balcão. - Para mim... Pisang Ambom - pedi quando o empregado chegou. - E tu? - só depois de peruntar é que me apercebi que ele não bebia.

Cerrei os dentes rangendo-os uns nos outros, apesar de não se ouvir nada por causa do barulho e abanei a cabeça. Não peças nada, não peças nada, não peças nada repeti para mim.
-Tremoços. - acabei por me rir.

Contive-me para não me bater a mim própria depois de ter feito aquela pergunta idiota. - Eu acompanho-te. Esqueca o Pisang Ambom se faz favor - sorri levemente ao empregado que foi buscar o aperitivo.

Olhei para ela e abanei a cabeça.
-Não, não é preciso, podes beber o que quiseres à vontade - disse-lhe e voltei a olhar o barman. - A sério, não me faz mal nenhum. - sorri beijando-lhe a bochecha.

Abanei a cabeça de modo a contrariálo mentalmente. - Tarde de mais - apontei para o empregado que já trazia o pedido com ele. - E a mim também não me faz mal! - encolhi os ombros roçando depois os nossos narizes.

Abanei a cabeça - Casmurra. Não faz mal nenhum beberes à minha frente. - garanti não tendo bem a certeza se estava a dizer a verdade. Beijei os lábios dela rapidamente e vi o aperitivo em cima do balcão. Peguei num e dei-lho na boca rindo-me.

Deitei-lhe a lingua de fora. - Nada disso - continuei correspondendo ao beijo. Mordi-lhe levemente o dedo e retirei a casca do tremoço com os dentes pondo-a depois num prato.

-Depois disto, onde é que queres ir festejar mais? - olhei em volta - porque isto não é assim tão fantástico. - comecei a comer tremoços enquanto passava os olhos pelas garrafas que estavam na prateleira.

Acompanhei-o no aperitivo. - Então... Para o... - não acabei a frase, arrependendo-me logo. Não podia voltar a andar de moto, depois daquilo não, nunca mais. - Para um sitio qualquer - encolhi os ombros.

Olhei para ela quando hesitou.
-Para o...? - pedi que continuasse e encolhi os ombros como ela - para mim tanto me faz, tu é que precisas de celebrar.

- Esquece. Não importa mais - sorri levemente tentada a mudar de conversa. - Mas não celebro sozinha! Preciso de ti... - soltei uma frase querida sem ter a noção disso.

Sorri dando-lhe um beijo na bochecha e acabando com os tremoços todos.
-Eu não me importo de fazer um esforço por ti. - sorri - Se quiseres ir a uma discoteca - encolhi os ombros. - podemos ir.

Pensei. - Porque é que não vamos à praia? - encolhi os ombros. Foi o último lugar onde estive com Crystal. - Se aqui está um barulhão, imagina numa discoteca - tentei imaginar e fiz com que ele imaginasse também.

Encolhi os ombros e levantei-me - Vamos onde a senhorita desejar - brinquei deitando umas moedas para o balcão e puxando-a para a rua por uma mão.

Deixei John na escola e segui para o bar a uma velocidade algo rápida visto que já estava uns minutos atrasado. Assim que lá cheguei, estacionei o carro no parque de estacionamento que lá havia e entrei a um passo apressado, sendo logo alvo do olhar impaciente de Kevin, o colega que acabava agora o seu turno.
- Desculpa meu, mas tenho família.- fiz uma careta e ele apenas assentiu, indo embora. Peguei no meu avental, colocando-o à cintura e comecei a limpar alguns copos, colocando-os no sítio.
- Parker? - ouvi a voz do meu chefe, fazendo-me virar na direcção da mesma automaticamente.
- Se é pelo atraso, eu já pedi desculpa ao Kevin e ele aceitou.- disse rapidamente, o que o fez rir-se e abanar a cabeça.
- Os teus atrasos não são um problema.- ele tocou-me no ombro e olhou para trás, assim que a porta se abriu e entrou pela mesma uma rapariga loira, muito mais nova do que eu.- ora aí está.- fez sinal à rapariga e olhou-me.- esta é a Leila, a tua colega de trabalho.- disse quando a rapariga chegou ao pé de nós.- já agora, é minha filha.- ele sorriu todo orgulhoso, levando-me a assentir.- preferi que ela ficasse no teu turno porque és o empregado mais competente que tenho e tudo me leva a crer que serás um bom professor para ela.
- Farei o meu melhor.- encolhi os ombros.

Depois do meu patrão nos ter deixado sozinhos, ensinei a Leila o básico, mas que não deixava de ser importante para que ela se safasse. Na verdade, aquilo não era de todo um trabalho difícil.
- Obrigada Ron.- ela agradeceu com um sorriso de orelha a orelha, esticando-se para me beijar a bochecha. Ergui uma sobrancelha e assenti, encolhendo os ombros.
- Na boa.- murmurei e nesse preciso momento entraram um grupo de pessoas no bar.- olha.- apontei para os mesmos.- os teus primeiros clientes.- sorri levemente e fui atender outras pessoas.
- Oh, ups, peço desculpa.- ouvi a voz de Leila e virei a cara na direcção da mesma, vendo-a toda atrapalhada. Olhei a cara dos clientes e suspirei, porque não era de todo a cara de alguém satisfeito. Passei a mão pela testa e fui ter com eles.
- Deixa que eu trato disto.- disse a Leila e lá servi os clientes.
- Oh Ron, o que seria de mim sem ti? - ela olhou-me, mordendo o lábio. Apenas assenti e olhei as horas, vendo que faltava menos de cinco minutos para o meu turno acabar.- já queres ir embora, é? - ela fez o típico beicinho das meninas mimadas. Wtf?
- Na realidade, tenho a minha namorada à espera.

Entrei no bar e sentei-me ao balcão, olhando as empregadas com a maquilhagem borrada e o suor a correr-lhes pelas costas despidas. As suas caras demonstravam preocupação pelo monte de serviço que tinham para fazer, olhei uma a aproximar-se com um sorriso e a juntar-se ao balcão.
- O que queres borracho?
- Gin tónico com abscinto... - pedi.

Quando a gaja viu que eu estava pouco interessado em olhar para o seu corpo quase despido e que apenas queria a minha bebida, foi buscá-la rapidamente e entregou-ma, ao que eu a paguei logo. Peguei na mesma e deambulei até à pista de dança enquanto bebia a minha bebida e dançava ao som da música.

Quando acabei a minha bebida , seguiu-se de outra e mais outra e ainda mais outra, até não me segurar lá muito bem em pé. Aí decidi parar e andei até ao carro conduzindo para casa e adormecendo na garagem dentro do mesmo.

-Não é nada impossivel, assim que sair do bar é o que vou fazer, vou ser padre, mas primeiro levo uma gaja para casa - olhei para a minha irmã e ri-me - a ti - gozei apanhando o ar fresquinho da rua para ver se ficava mais sóbrio de vez, mas isso nao aconteceu.

Ri-me com as coisas que ele para ali dizia e assenti com a cabeça - Está bem, padre Keith. Antes de fazer os seus votos tem de levar a freira Summer para casa. - agarrei-me ao braço dele e encostei-me ao mesmo - Adoro-te.