Discoteca

-És um badalhoco. - sorri abertamente, cruzei a perna novamente. - Tu queres? - perguntei olhando para ele mas nunca nos olhos. -Queres ir já embora? Por mim é me igual, ficar ou ir.- murmurei e depois acabei a minha bebida fechando os olhos pelo ardor que ela me causava na garganta. - Começo mesmo a achar que cuspiste para aqui. - gozei.

-Eu sou a pessoa mais lavada que tu alguma vez vais conhecer. - contrapus e olhei as pessoas que ainda dançavam sem nunca terem parado - Eu não estou cansado mas tu provavelmente estás. - supus acabando também a minha bebida - Claro que cuspi! - respondi fazendo cara de gozão.

-A pessoa mais lavada que eu conheço sou eu. - resmunguei soltando uma gargalhada. - Vamos dançar mais um bocadinho e depois vamos pode ser? - inquiri olhando para o chão. - Eu sei que sim, tu és um porco javardo Ken. Muito porco mesmo. - gargalhei e levantei-me ajeitando a minha roupa e puxei-o pela mão fazendo o seu corpo embater no meu com alguma violência. Mordisquei o meu próprio lábio e sorri-lhe.

-Vamos a isso Barbie porca. - senti-me ser puxado por ela e deixei-me ir fazendo o meu corpo embater no dela - Não vamos passar à violência, pois não? - gozei. Agarrei-a pelo braço e puxei-a comigo para o centro da pita de dança. Colei o meu corpo ao dela e dancei ao ritmo da música.

Neguei com a cabeça e fui puxada por ele até á pista. Puxei-o na totalidade para mim e dancei com ele ao som da música de uma forma mais sensual. Aproximei os meus lábios dos seus. -Posso? - perguntei antes de o beijar. As minhas mãos foram rapidamente rodear o seu pescoço e o meu corpo foi automaticamente colado ao dele.

-Não precisas de perguntar. - acabei com a distância entre nós e beijei-a de forma calma e demorada. Só separei o beijo porque estávamos os dois com falta de ar. Beijei-lhe a testa e sorri voltando a colar os nossos lábios como se de um vício se tratasse o que não era de todo mentira.

Puxei o seu corpo para junto do meu retribuindo o beijo e intensificando-o. Rocei os nossos lábios e olhei em volta vendo alguns rapazes e raparigas a olhar para nós. Comecei-me a rir, estavam mesmo com cara de ''arranjem um quarto.'', afastei-me notoriamente dele e voltei a puxá-lo para mim, rocei totalmente o meu corpo no dele enquanto dançava e fitei-o cruzando o nosso olhar como só de um se tratasse.

Reparei nos olhares das pessoas à nossa volta e aproximei os meus lábios do ouvido dela - Aquela gente está toda com ciúmes porque tu estás com o rapaz mais bonzão da discoteca. - brinquei estacando por completo quando ela se começou a roçar cada vez mais em mim - Mads não me tortures dessa maneira. - pedi levando as mãos ao rabo dela.

-Aquela gente está a olhar porque estás com a rapariga mais boa da festa, e..talvez pelo que disseste. - gozei soltando uma gargalhada. - Eu não te estou a torturar. - murmurei fazendo uma expressão angelical. Passei a minha perna pelo meio da sua e rocei-me. - Agora podes dizer que te estou a torturar. - murmurei soltando uma gargalhada.

-Talvez? Essa palavra não consta no meu dicionário! - ri-me e mordi a bochecha com força quando ela se roçou em mim ainda mais - Oh my god. - disse puxando-a para mim bruscamente e beijando-a intensamente. Sem me lembrar sequer de onde estávamos meti a mão por baixo do seu vestido.

-Temos pena, entra no meu.- encolhi os ombros e puxei-o mais para mim, senti uma mão por baixo do meu vestido, olhei para ele e tirei-lhe a mãe. -Oi? Não te esqueças de onde estamos. - murmurei ao seu ouvido e puxei-o para trás de um post largo que fazia frente a porta de saída de emergência onde não permanecia ninguém. - És maluco Ken.- murmurei ao seu ouvido.

Fui puxado por ela até ao poste e já lá atrás encostei-a ao mesmo e voltei a colocar a minha mão por baixo do vestido desta vez no meio das pernas - Desculpa, mas tu fazes-me isto. - desculpei-me e desviei o tecido das suas cuecas acariciando a sua intimidade. Aproximei-me ainda mais dela e beijei-a para que ninguém pudesse ver o que estávamos a fazer.

Soltei um gemido. - Para se não juro que vais sofrer como nunca sofreste. - murmurei ao seu ouvido, retribui o beijo puxei-o mais para mim, tirei a sua mão afastando-a da minha intimidade. - Não, não. Não me vais meter maluca pelos menos aqui não.-soltei uma gargalhada.

Revirei os olhos e beijei o seu pescoço - Vamos para casa que aqui já não há nada a fazer. - coloquei um braço à volta do seu pescoço e saímos da discoteca em direção ao parque de estacionamento onde tínhamos deixado o carro.

Olhei para a fila que dava entrada para a discoteca e fiz uma careta, cruzando os braços, se ao menos eu pudesse passsar à frente desta gente toda. Resmunguei baixinho para mim quando olhei para o relógio, tinha passado lá meia hora. Fiquei a olhar com cara de parvo quando o segurança que era um chimpazé me olhou de alto a baixo, para ver se conseguia ver a minha idade. Passei dois dedos pela minha barba por fazer e sorri quando me deixaram entrar.

Estava farta de fechar fechada naquela casa, já começava a não ter o que fazer. Peguei num papel e deixei uma mensagem ao meu irmão a dizer que ia à discoteca. Fui até ao meu roupeiro e tirei o primeiro vestido de noite que me apareceu, e que felizmente era bastante decotado, assim podia ser que conseguisse entrar sem que me chateassem.
Quando cheguei, revirei os olhos ao ver aquela fila enorme. Odiava aquilo, demorava tanto tempo. Quando chegou a minha vez, o segurança ficou a olhar para mim de alto a baixo, parou na zona do decote mas voltou a subir o olhar - Idade?
Revirei os olhos e ajeitei-me - Eu sou baixinha, é uma coisa de familia. - olhei para ele - Já olhou para mim? Acha que tenho quantos? Quinze anos? - voltei a revirar os olhos - Tenho dezoito, posso entrar? As pessoas estão à espera.

Passei as mãos pelos meus bolsos quando percebi que me faltava a carteira, eu tinha certeza que a trazia, até tive que voltar para trás para a ir buscar, antes de sair de casa. Fui até à entrada, fazendo uma careta quando vi Summer à entrada e cruzei os braços ao peito ficando a olha-la com os chimpazés.
-Tem documentos que a identifiquem - mordi o lábio para não me rir, coitada, era tão baixa, era normal que não a deixassem entrar. Aproximei-me do chipanzé e olhei para a loira com um sorriso estúpido
-Eu acho que perdi a...
-Sim está aqui - deram-me a carteira e vi se tinha o dinheiro todo, felizmente eu não trazia as minhas identificações naquela, só mesmo o dinheiro.
-Obrigado - ia virar costas, mas não o fiz - e ela está comigo - agarrei na mão de Sum e puxei-a para dentro, seguindo depois outro caminho diferente do dela.

Olhei para o Kenneth quando apareceu à procura da carteira ou lá o que era e abri a boca para o chamar mas não foi preciso que ele voltou atrás e disse que eu estava com ele. Sorri cinicamente ao segurança quando me deixou passar e ia agradecer ao parvalhão quando ele começou a andar para outro lado - Espera. - pedi seguindo-o. Eu nem acreditava naquilo mas tinha de lhe agradecer, pela primeira vez na vida dele tinha sido simpático comigo - Obrigada, Kenneth. - disse-lhe com um pequeno sorriso apesar de ainda estar meio desconfiada - Foste muito simpático por me ajudares. - encostei-me ao balcão e pedi uma bebida.

Olhei para o balcão e estiquei uma mão até à cerveja que tinha pedido, olhando em volta, até que vi Summer à minha frente a agradecer-me por ter sido simpático e por tê-la ajudando. Levantei uma sobrancelha equanto fazia uma careta - tu estás a agradecer-me por ter sido simpático? - bebi um bocado da minha bebida virando-me para ela - oh de nada Dunga, a branca de neve gosta sempre de ajudar os seus anões.

Assenti com a cabeça pare responder à pergunta dele e cerrei o maxilar quando ele voltou com as provocações. Peguei no meu copo assim que o barman me estendeu e aproximei-me mas do Kenneth, sorrindo-lhe cinicamente - É? Os anões também adoram ajudar a branca de neve. Principalmente a dar-lhe banho. - voltei a fazer-lhe um sorriso cinico e despejei-lhe o conteúdo do copo pela cabeça abaixo, pousando-o de seguida no balcão antes de me afastar para o meio da pista de dança.

Fechei os olhos quando não tive reacção suficiente para a impedir de me sujar tudo e fiquei ligeiramente encolhido por causa do gelo que passou pelo meu corpo todo. Semicerrei os olhos enquanto fixava o lugar onde ela estava e encostei-me de novo no balcão enquanto arranjava o meu cabelo - quero uma bebida toda pegajosa - encolhi os ombros e vieram dar-me um copo gigante de um líquido branco. Sorri afastando-me do balcão e indo atrás dela, agarrei-lhe no braço e despejei-lhe aquilo pela cabeça a baixo, abanando o copo para ver se tinha sido tudo, aproximei-me da orelha que tinha ficado menos suja e tentei não me rir - és mesmo uma anã para te ejacularem para cima e te cobrirem toda - sorri-lhe cinicamente e afastei-me, indo até à casa de banho dos homens para me lavar o cabelo e a cara.

Abri a boca quando ele me agarrou no braço e me atirou uma bebida nojenta para cima. Cerrei o maxilar com força e tentei limpar-me mais ao menos mas era impossivel. Caminhei para me afastar daquelas pessoas todas e fui até à casa de banho, mordendo-me toda quando vi o Kenneth a entrar nas masculinas - És tão estúpido. - gritei-lhe com um revirar de olhos - E nojento e tarado. - empurrei-o para dentro da casa de banho e entrei lá também - Vais limpar, seu nojento. - disse olhando-o completamente passada. Aquilo era nojento e estava a ficar toda colada.

Ri-me quando ela me apareceu à frente com aquela figura nojenta e toda branca - o que foi? Pensava que tinhas gostado, eu não tenho culpa que te andas a portar mal Dunga - entrei na casa de banho quando me empurrou e fiz um sorriso mauzinho assim que disse que ia limpar. - Está bem - dei um suspiro falso e puxei-a pelo braço agarrando-lhe depois na cabeça encostando-a perto do urinol, apertei o botãozinho do autocolismo e sorri enquanto me afastava da sua fúria - feito.

Fechei os olhos com força assim que ele me agarrou. Ele conseguia mesmo fazer-me sentir uma merda, às vezes bastava abrir a boca para o fazer mas agora conseguia mesmo fazê-lo. Afastei-me assim que ele me largou e controlei-me para não desatar a chorar que nem uma parvalhona. Por amor de deus, tinha de ser forte - És tão simpático. - fui até à caixa dos papeis que havia na casa de banho e tirei uma data deles, aproximando-me dele de seguida. Colei-lhe os papeis ao cabelo e enfiei-lhe uma data deles pela boca - Limpinho.

Encolhi os ombros assim que a ouvi dizer que era simpático e, ia lavar as mãos quando ela veio colar o papel ao meu cabelo que estava um bocado nojento por causa do álcool. Mandei-lhe o papel que ela me tinha posto na boca para a cara e tirei os que estavam colados ao cabelo mandando-lhe à testa. - Eu sei que te chamo Dunga e que isso é nome de anão e não de anã, mas por favor, não confundas o teu sexo - apontei para os urinois e para as minhas calças, virando costas para voltar à disco.