Quarto da Melissa

Entrei no meu quarto mais uma vez para ir buscar a roupa; fui tomar um duche e vesti-me: uns calções de ganga, uma t-shirt e um casaco.
Penteei o cabelo, deixando-o solto e calcei-me, sentando-me na cama para o fazer.
Vi as horas e desci.

Mordi o lábio.
- Sei que peso. - resmunguei.
Abri a porta do quarto e olhei as horas.
- Vais para casa sozinho a esta hora da noite? - perguntei preocupada.

Detei-a na cama e puxei uma manta, tapando-a. - Sim, porque? - perguntei confuso.

Mordi o lábio, olhando-o.
- Podes ficar no quarto de hóspedes. Do género... São três da manhã.

- Não é preciso - revirei os olhos. - A não ser que precises - encolhi os ombros.

Fiz uma careta.
- Está escuro. E eu também fico preocupada com as pessoas.

Retribui a careta. - Pois mas parece que estás é a tentar engatar-me - assobiei olhando-a.

Ergui o sobrolho.
- E se estivesse? - provoquei.

- Se tivesses estavas - encolhi os ombros. - Mas vá, já que queres tanto que fique aqui eu fico - disse e puxei uma cadeira sentando-me nesta.

Sorri.
- Uh, já vi que é um enorme sacrifício. - ri-me.

Arrastei a cadeira para junto dela.
- E é, não é todos os dias que tens um gajo como eu no teu quarto - sorri convencido.

Comecei a rir-me.
- Podes vir para a minha beira. - disse, vendo-o aproximar-se; apontei a cama.
- Oh, sim. É um sonho ter-te no meu quarto.

- Uh "eu a oferecer-me" - gozei.
- Não é? Ok se quiseres posso ir embora então - amuei fazendo um beicinho à completo macho.

Revirei os olhos.
- Quem te dera que me estivesse a oferecer.
Mordi o lábio.
- Já te disse para ficares. - disse com uma voz de bebé.

Revirei os olhos.
- Se eu ficar onde durmo? - perguntei fazendo olhinhos para a cama dela.

Ri-me.
- Ou aqui, ou no quarto de hóspedes.

- Hum a primeira escolha agrada-me - movi as sobrancelhas como um tarado.
Fui-me sentar na cama olhando-a de lado.

Ri-me, deitando a cabeça sobre o seu ombro.
- Tarado. - acusei.

- Tarado? - fiz um som com a boca despois da última letra.
- Se fosse tarado já te estava aí a violar toda - revirei os olhos acariciando o seu cabelo.

Gargalhei.
- Não me podes violar a metade. - gozei.
Mordi o lábio.
- Então viola.

- Agora não quero - voltei a amuar e olhei de surras para ela.

Fiz um beicinho adorável.
- Aproveita que estou alegre. - ri-me.

- Não te ponhas cá com beicinhos, que eu gosto de violar gajas conscientes. Não daquelas que daqui a bocado estão a vomitar, como tu - revirei os olhos.

Abanei a cabeça.
- Não estou bêbada. Nem inconsciente.
Olhei-o.
- Sou muito boa atriz, sabes? - ri-me, levantando-me e fazendo um quatro com as pernas.