Campos de Basquete

Dei os máximos dos máximos de casa até ao campo de Basquete e parei no meio olhando em volta. Bebi um bocado de água e fui assaltar a arrecadação onde do campo interior onde estavam bolas. Fiquei ali durante algum tempo a acertar em cestos e a driblar a bola.

Virei-me lançando a bola para o outro lado do campo. Suspirei olhando para ela, que não tinha culpa e fui a andar até a apanhar. Quando me levantei vi Emilie e não consegui evitar sorrir por ela ser tão irritante e engraçada ao mesmo tempo. Voltei a driblar a bola e lancei-a ao cesto que estava à minha frente.
-Não podes dizer que sou eu o perseguidor.

-Andas a perseguir-me, admite. Estás curiosa para saber o meu nome. - piquei-a olhando para ela por uns momentos e a perceber que ela me tirava fotos. Revirei os olhos. - E também me adoras tirar fotos, só pode. - resmunguei.

Virei-me novamente e aproximei-me dela com a bola de baixo do braço vendo a olhar em volta com uma cara nada divertida.
-Estás com medo de mim é? - Perguntei encostando-me ao portão que rodeava o campo.

-Não sei, tu é que estás aí é toda esquisitinha. - disse. Desencostei-me indo até ela e tocando-lhe no queixo para que ela me olha-se.
-Então o que é que se passa contigo? - Perguntei deixando a bola cair aos meus pés.

-Em's? - Chamei baixinho e não sabendo o que fazer. Nunca na vida soube o que fazer quando alguém chorava à minha frente - O que é que foi? - Insisti abraçando-a com cuidado antes que ela me desse algum estalo.

Revirei os olhos puxando-a para um dos cantos do campo e levando a bola nos pés. Fiz com que ela se sentasse e eu sentei-me ao lado dela enquanto ela continuava a chorar agarrada a mim.
-Anda lá, ficas feia e ranhosa quando choras - disse olhando para ela. Mordi a parte de dentro da minha bochecha e toquei-lhe nas bochechas onde tinha as suas lágrimas - Não se costuma chorar por nada. Fala comigo miúda. - pedi já praticamente a suplicar.

-Sei - respondi pela primeira vez, sério com ela, metendo a bola entre as minhas pernas. Olhei para ela durante um bocado e passei-lhe um pacote de lenços praticamente vazio para as mãos - De certeza que se procurares tens uma dessas pessoas que queres - suspirei brincando com a bola.

Desviei a minha atenção da bola para ela.
-O que é que te aconteceu para pensares assim? - Perguntei encostando a cabeça à rede tentando descontrair.

Assenti levantando-me e puxando-a. - Larga a máquina - pedi e peguei-lhe na máquina colocando-a com cuidado no chão. - Joga comigo. - Não era um pedido.

-Não disse para saberes. Pensa rápido - lancei-lhe a bola e ela agarrou-a. Sorri e levantei as sobrancelhas - Isto já não é mau. - Ri-me e fui atrás dela pegando-lhe na cintura e correndo com ela meia levantada até ao cesto. - Marca gorda - gozei.

Ainda hesitei em larga-la antes que ela caísse e depois eu é que levava por tabela.
-Okay, mas depois não me mates - disse largando-a com cuidado e afastando-me.